terça-feira, 31 de dezembro de 2013

As melhores refexões de Nietzsche em"A Genealogia da Moral" extraídas da Coleção essencial de Nietzsche, da editora escala em 2013:

O livro "A Genealogia da Moral" é um questionamento não somente das origens da moralidade na história do homem, mas também de sua aplicação em todos os atos do ser humano.-página 7;

A falta, o pecado, o erro, enfim, seriam decorrência realmente de uma má ação ou de um conceito que procurou inserir no pensamento humano um sentido  do que é bom em si e, em decorrência de algo que, em contraposição é mau? página 07.
O bom  e o mau como atos existem em si como consequência da existência de uma consciência boa e de uma consciência má ou seriam simplesmente figuras inventadas pelos espíritos que se consideram superiores para poder escravizar os espíritos inferiores?página 07.
 Para conseguir inculcar no homem todos esses princípios fabricados á partir de uma vontade de poder de alguns, surge a moral que distingue não valores de valores ou a  inexistência de valores diante daquilo que deve ser realmente considerado e tido como valor.    página 08;      

Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em
Röcken, Alemanha, no dia dia 15 de Outubro  de 1844. Órfão de pai aos 5 anos de idade, foi instruído pela mãe nos rígidos princípios da religião cristã.Cursou teologia e filologia clássica na Universidade de Bonn. Lecionou Filologia na Universidade de Basileia  na Suíça, de 1868 a 1879,ano que em que deixou a cátedra por doença. Passou á receber, á título de pensão, 3000 francos suíços que lhe permitiam viajar e financiar a publicação de seus livros. empreendeu muitas viagens pela Costa Azul francesa e pela Itália, desfrutando de seu tempo para escrever e conviver com amigos e intelectuais.
Não conseguindo levar a termo uma grande aspiração,a de casar-se com Lou Andreas Salomé, por causa da sífilis contraída em 1866, entregou-se á solidão e ao sofrimento, isolando-se em sua casa, na companhia de sua mãe e de sua meia irmã. Atingindo por crises de loucura em 1889, passou os últimos anos de sua vida recluso, vindo a falecer no dia 25 de agosto de 1900, em W eimar. página 11. 

" Qual é definitivamente a origem de nossa ideia do bem e do mal? " De fato, o problema da origem do mal já me perseguia quando não tinha mais que treze anos: na idade em que " Deus e os brinquedos da infância enchem meio a meio o coração ", consagrei a esta questão minhas primeiras brincadeiras literárias, minha primeira redação filosófica .página 20.
Um mínimo de formação histórica e filosófica e certo tato inato da  exigência  relacionada a questões psicológicas em geral, logo  transformaram meu problema neste outro: em que condições o homem inventou essas apreciações de valor de bem e de mal? E que valor tem em si mesmas?  página 20.
Vamos formular essa nova exigência: necessitamos de uma crítica dos valores morais e, antes de tudo, torna-se necessário discutir o valor desses valores- e para tanto é necessário conhecer as condições e os ambientes em que nasceram, em favor das quais sew desenvolveram e nas quais se deformaram ( a moral como consequência, como sintoma, como máscara, como hipocrisia, como doença, como equívoco, mas também a moral como causa, como remédio, estimulante, inibição, veneno, um conhecimento que nunca existiu até hoje e como nunca se desejou um igual. (p.26);
De fato, a alegria de espírito ou, para dizê-lo em minha linguagem, a gaia ciência, é uma recompensa: recompensa de um longo esforço corajoso, duro e subterrâneo, reservado realmente a poucos.P.28);
" se há gente que julga este livro incompreensível, se lhe ferir os ouvidos, parece-me que a culpa não é necessariamente minha"(p.29);
Alerta, portanto, diante desses espíritos benevolentes que governam talvez esses historiadores da moral! Mas é infelizmente certo que lhes falta o espírito histórico, que foram abandonados á sua própria ssorte por todos os espíritos benevolentes da história! Pensam , segundo é velha tradição nos filósofos do passado, de uma maneira essencialmente anti-histórico.(p.35);
De início, o termo " puro" designa simplesmente um homem que se lava, que se abstém de certos alimentos que provocam doenças de pele, que não deita com mulheres sujas da plebe e que tem horror ao sangue- nada mais que isso.(p.44);
Os juízos de valor das aristocracias de cavaleiros se baseiam numa vitalidade física poderosa, numa saúde em plena forma, rica, até mesmo transbordante, para a qual contribui por sua conservação e guerra, as aventuras, a caça, a dança, os jogos e em geral tudo o que implica uma atividade forte, livre, alegre. 
Os sacerdotes são, e isso é sabido de todos, os inimigos mais malignos- por quê? Porque são os mais desprovidos de poder? `E essa impotência que faz crescer neles um ódio monstruosos, inquietante, até torná-lo supremamente espiritual e supremamente venenoso.página 47;
Os grandes homens de ódio na história Universal foram sempre sacerdotes, e também os homens de ódio mais engenhosos- comparando-se como o espírito  de vingança dos sacerdotes, todo o resto do espírito geralmente não merece consideração. A história humana seria uma coisa realmente insípida sem o espírito que lhe insuflaram os homens desprovidos  de poderes- relembremos o exemplo mais notável. (p.47);
[...] os judeus, esse povo de sacerdotes, que não souberam por fim tirar satisfação de seus inimigos e conquistadores se não por meio de uma radical inversão de seus valores, isto é, por meio de um ato de vingança supremamente espiritual. (p.48);
.Foram abolidos os "senhores", venceu a moral do povo. Pode-se muito bem considerar simultaneamente essa vitória como um envenenamento de sangue( ela misturou as raças)- não digo o contrário: mas não há o que duvidar, essa intoxicação teve sucesso. (p 51);
A " redenção" da espécie humana ( a saber, sob o prisma dos"senhores" está no melhor caminho possível; tudo se judaíza ou se cristianiza ou se plebeíza a olhos vistos( que importam as palavras!)
A rebelião dos escravos em moral começa com o fato que o próprio ressentimento se torna ele próprio criador e gera valores; o ressentimento desses seres, aos quais a verdadeira reação, aquela da ação, é interdita e que não se contenta senão com uma vingança imaginária. (p.52).
Enquanto toda a moral nobre precede de uma triunfante afirmação de si mesma, a moral de escravos desde o início diz não a um " no exterior", a um " de outro modo" , a um " não ele mesmo"; e é esse não que é seu ato criador. página 52;
O contrário acontece na avaliação do nobre: age e cresce espontaneamente, não procura seu oponenete para dizer sim a si mesmo com maior reconhecimento ainda, com mais alegria- seu conceito negativo de "vil", de "comum", de "mau", não é senão um pálido contraste de surgimento tardio, comparado a seu conceito fundamental positivo, impregnado de ponta aponta de vida e de paixão " nós os nobres, nós os bons, nós os formosos , nós os felizes!
Uma raça de homens do ressentimento desse tipo acabará necessariamente por ser mais inteligente do que qualquer raça por mais nobre que seja e haverá de honrar também essa inteligência além  de qualquer medida, isto é, como uma  condição de existência de primeira ordem, enquanto  que, entre os nobres, essa inteligência apresenta facilmente um sutil gosto pelo luxo e pelo refinamento {...] página 56;
Mas não é o mesmo conceito de "bom": que se pergunte antes quem precisamente é " mau" , no sentido da moral do ressentimento . Para responder com todo o rigor: o "bom" da outra moral é justamente o nobre, o poderoso, o dominador, se não for revestido de outra cor, reinterpretado, revisto pelo olho venenoso do ressentimento. página 58; 
Supondo que seja verdade o que somos levados a aceitar hoje como "verdade", ou seja, que o sentido de toda cultura é justamente domesticar o predador "homem" para fazer dela um animal pacato e civilizado um animal doméstico, deveríamos então considerar, sem a menor dúvida!
Como verdadeiros instrumentos de cultura todos esses instintos de reação e de ressentimento, graças aos quais acabamos por romper e subjugar as linhagens nobres com seus ideais, isso não significaria dizer que os depositários daqueles instintos representariam por si mesmo a cultura. página 61. 
 um  homem que justifica o homem, um homem que seja uma vez feliz, complementar e redentor,por amor do qual se esteja no direito  de manter a fé no homem !... de fato, as coisas são assim: é na pequenez e na igualdade do homem europeu que reside nosso pior perigo, pois o espetáculo cansa .....página 64.
Uma  quantidade de força  corresponde exatamente á mesma quantidade de impulso, de vontade, de produção de efeitos- mais ainda, nada mais é que precisamente esse impelir, esse querer, esse exercer efeitos,no pode parecer atuar de outro modo senão em favor da sedução enganosa da linguagem( e dos erros fundamentais da razão que nela estão petrificados), a qual compreende, e compreende de viés, toda produção de efeitos como condicionada por uma coisa que exerce efeitos, por um "sujeito". página 65.
" nós, os fracos, não passamos realmente de fracos: convém que não façamos nada em vista de não sermos bastante fortes". Página 67;
Essa espécie de homeme necessita crer no "sujeito" indiferente, livre para se determinar, como que agindo por instinto de autoconservação, de autofirmação, pelo qual toda mentira costuma ser justificada. O sujeito (ou para dizê-lo de modo mais popular,, a alma) foi talvez até aqui o  melhor artigo de fé  que o mundo tenha conhecido  até hoje porque permitiu á  imensa maioria dos mortais, aos fracos e aos oprimidos de todo tipo, essa sublime ilusão que interpreta a própria fraqueza como liberdade, sua maneira particular de ser como mérito. página 67;
A fraqueza deve ser, a golpes de mentira, transformada em mérito, disso não tenho nenhuma dúvida- é exatamente o que você diz; página 68;
São miseráveis, sem dúvida, todos esses cochichadores  esses falsários em seu canto, embora se acotovelem uns contra os outros para se esquentar- mas, dizem, sua miséria seria uma escolha e uma distinção dispensada por Deus, aquele que gosta realmente castigar melhor ainda; talvez essa miséria seja uma preparação, um tempo de prova, umma formação, talvez seja algo mais ainda- alguma coisa que será um dia compensada e retribuída com usura em proporções formidáveis em ouro, não.! em felicidade. Chamam isso de "beatitude". página 69;
" A fé nos oferece bem mais e um bem mais vigoroso; a redenção coloca á nossa disposição alegrias bem diferentes; em vez dos atletas, temos o sangue de Cristo...." página 72;
" De igual modo os governadores, perseguidores do nome de deus, derretendo nas chamas mais cruéis que aquelas que eles próprios acenderam para insultar os cristãos!página 74;

" É então que as mensagens dos autores de tragédias  serão mais bem entendidas, na própria vez deles, em sua própria infelicidade, é então que serão conhecidos os histriões, nitidamente sugados pelo fogo; página 75.;
roma via no judeu alguma coisa como a própria contranatureza, uma espécie de monstro antípoda; para Roma, o judeu passava a ser " um convicto de ódio contra todo o gênero humano": com razão, se eé certo que a salvação e o futuro da humanidade consiste no domínio incondicional dos valores aristocráticos, dos valores romanos. página 77;
OS romanos eram de fato os fortes e os nobres, como jamais a terra tinha conhecido outros mais fortes e nobres, como jamais se havia sonhado que existissem; cada vestígio de sua dominação, a menor inscrição nos maravilha e nos deixa perplexos;página 78;
Os judeus, pelo contrário, eram por excelência o povo sacerdotal do ressentimento, dotado de uma genialidade ímpar em matéria de moral popular. página 78;

È verdade que o Renascimento viveu um despertar magnificamente inquietante do ideal clássico, do modo de avaliação nobre de todas as coisas: como um ser aparentemente morto que desperta, a própria Roma se agitou sob o enfoque da nova Roma judaizada, edificada sobre as ruínas, que apresentava um aspecto de sinagoga ecumênica, chamada "igreja", mas em breve a judeia tornou a triunfar, graças a esse movimento de ressentimento fundamentalmente plebeu( alemão e inglês, que se chama Reforma, á qual é preciso acrescentar o que foi sua consequência necessária, a restauração d a Igreja- a restauração, portanto, do antigo silêncio sepulcral da Roma clássica. página 79;
Num sentido ainda mais decisivo e profundo que antes, com a Revolução francesa, a judeia cantou  vitória novamente sobre o ideal clássico: a última nobreza política, que ainda subsistia na Europa, aquela dos séculos XVII e XVIII franceses, cedeu sob os instintos de ressentimento do populacho - jamais se ouviu na terra um clamor mais amplo de alegria, de entusiasmo mais ensurdecedor! página 79;


TORÇAM ,POIS, POR MIM, PORQUE TENHO ESPERANÇA E FÉ QUE  2014 SERÁ MELHOR  PRO MUNDO INTEIRO E QUE NOSSOS PLANOS E SONHOS DARÃO MAIS DO  QUE            CERTO COM CRISTO EM NOSSOS CORAÇÕES!ESSE MÊS ME DEDICAREI A ESTUDAR O GRANDE FILÓSOFO NIETZSCHE, AGUARDEM GRANDES COISAS AINDA ESTÃO POR VIR!

Reflexão de fim de ano!

Mais um ciclo de vida está prestes a ser finalizado!Estamos próximos do fim do ano de 2013! Como não poderia deixar de ser, este se torna mais um momento de reflexão, de avaliar os erros cometidos, os acertos elogiados, as coisas que deixaram de ser feitas, e de traçar metas para o futuro,  e o meu blog não poderia deixar de se manifestar em tal momento tão sublime e especial,e durante este último mês do ano , cheguei a conclusão que o mesmo nada mais é do que um espaço de divulgação cultural , feito não somente para  discussões historiográficas, mas inclusive de  promover meus pensamentos e impressões de cada livro lido por mim ,portanto,decidi que no próximo ano, qualquer um que me passar pelas mãos será promovido aqui, ,evidentemente ,quem quiser divulgar sua obra, for autor de algum livro , e quiser que eu o leia, que emita opiniões sobre o mesmo, quiser que eu poste aqui suas principais ideias , é só entrar  em contato pelo e-mail limabh40@gmail.com, me fornecendo um exemplar gratuito , que eu terei o maior prazer divulgá-lo! Desejo á todos os meus admiradores, neste dia 31/12/2013, ás 15: 47 horas, em clima de contagem regressiva,um ótimo 2014, e que o Senhor Jesus , nos abençoe, e nos dê forças necessárias para enfrentar mais um ano,  digo porque este este ano pra mim foi muito difícil, em termos de  buscar boas fontes literárias, para manter esse blog, devido á muitas dificuldades financeiras, devido, além disso, á muitos obstáculos e barreiras pessoais que tive que enfrentar,e até pela depressão que tomou conta de mim! Mas nada irá atrapalhar este meu sonho , em continuar divulgando o conhecimento e a cultura no país onde moro, apesar dos poucos incentivos que os governos nos oferecem!